Tratamento de TB em Eshowe, África do Sul
Foto: MSF/Tadeu Andre

Na África do Sul, Médicos Sem Fronteiras (MSF) apoiou a resposta à COVID-19, na medida em que continuou oferecendo cuidados a pessoas vivendo com HIV e tuberculose (TB), sobreviventes de violência sexual e migrantes vulneráveis.

O projeto de MSF em Eshowe, Mbongolwane e Ngwelezane, na província de KwaZulu-Natal, respondeu a duas grandes ondas de COVID-19 em 2021, por meio do envio de médicos e enfermeiros para trabalhar nas alas de COVID-19 de cinco hospitais. As atividades do projeto voltadas para TB foram suspensas por uma semana no mês de julho devido à agitação social generalizada na província, devido à qual mais de 300 pessoas morreram. Imediatamente depois do evento, lançamos uma resposta de emergência, fornecendo primeiros socorros e itens essenciais, como cobertores e kits de higiene, para apoiar as comunidades e instalações de saúde afetadas.

Para mitigar o impacto do isolamento social imposto pela COVID-19 na adesão ao tratamento para TB, nosso projeto de HIV/TB em Khayelitsha, na província de Cabo Ocidental, forneceu cuidados domiciliares aos pacientes. Também oferecemos tratamento preventivo contra TB a mais de 150 indivíduos que haviam sido expostos à doença em seus domicílios.

Nas cidades de Tshwane e Joanesburgo, onde administramos um projeto de saúde para migrantes, apoiamos as atividades de vacinação contra a COVID-19 para pessoas sem documentos. Para esses grupos marginalizados, a falta de documentação de identificação representa uma barreira de acesso a cuidados de saúde. Para facilitar um melhor acesso a serviços médicos, trabalhamos com nossos parceiros para desenvolver cartões de saúde chamados “Green Book” (“livro verde”, em tradução livre para Português), que são reconhecidos pelas autoridades de saúde locais em substituição à documentação de identificação.

Em junho, entregamos nosso projeto de violência sexual e baseada em gênero em Rustenburg, no Cinturão de Platina da África do Sul, ao departamento de saúde provincial. Reconhecendo a demanda por melhores respostas médica e psicológica ao estupro, as equipes de MSF desenvolveram centros de saúde nas próprias comunidades, que prestaram cuidados a milhares de vítimas da violência de gênero. O projeto também apoiou o atendimento ao aborto seguro no distrito de Bojanala; ali, nossa equipe realizou milhares de procedimentos de aborto entre 2018 e 2021.

Dados referentes a 2021

620

Pessoas iniciaram tratamento para tuberculose

Filtrar por