O Chade está imerso em uma crise crônica de saúde, com repetidas ocorrências de epidemias e crises nutricionais, e apresenta algumas das mais altas taxas de mortalidade de bebês, crianças e mães do mundo. 

Médicos Sem Fronteiras (MSF) trabalha para prestar assistência aos grupos mais vulneráveis, incluindo mulheres, crianças e o grande número de refugiados em consequência de conflitos em países vizinhos. 

Em 2021, nossas equipes responderam a surtos de sarampo nas regiões de Mandoul, Ouaddaï, Moyen-Chari e Dar Sila. Posteriormente, transformamos nossa intervenção em Ouaddaï em um projeto pediátrico de longo prazo, com sede em Adré, para suprir a falta de assistência médica na região e atender ao crescente número de refugiados do conflito na Região de Darfur Ocidental do Sudão. 

A nossa intervenção de emergência, voltada para a prestação de cuidados a crianças gravemente desnutridas durante a época de estiagem em N’Djamena, também evoluiu para um programa, a fim de atender às necessidades das famílias e crianças ao longo do ano. Em setembro, iniciamos uma resposta nutricional em Massakory, região de Hadjer Lamis, após recebermos um alerta sobre o alto número de crianças gravemente desnutridas em uma região que estava recebendo pouca assistência. Além disso, lançamos um programa de saúde estruturado na comunidade de Dar Sila no segundo semestre do ano. Em Moissala, região de Mandoul, continuamos trabalhando com o Ministério da Saúde para melhorar o acesso cuidados de saúde materna e pediátrica e realizamos uma campanha sazonal de quimioprevenção da malária para reduzir a incidência de malária grave durante a estação chuvosa. 

Entre agosto e dezembro, atendemos milhares de pessoas que buscaram abrigo no Chade após confrontos entre pescadores de Mousgoum e pastores árabes no norte de Camarões. Além de consultas médicas e encaminhamentos hospitalares, fornecemos água e itens de primeira necessidade, como cobertores, para pessoas vivendo em meio a condições terríveis em acampamentos informais nos arredores de N’Djamena e Mandelia. 

Nossa equipe de emergência também respondeu a surtos de hepatite E, tempestades em Tandjile, violência comunitária em Am Timan e a grande quantidade de refugiados centro-africanos em Goré.