Na Costa do Marfim, Médicos Sem Fronteiras (MSF) implementou novos projetos em duas grandes cidades e continuou a apoiar respostas a surtos de doenças e a outras emergências.

A situação política na Costa do Marfim se manteve relativamente estável em 2021. No entanto, a crescente ameaça representada por grupos armados nos países fronteiriços de Burkina Faso e Mali fez com que a região nordeste do país fosse designada oficialmente como zona de risco. Em 10 de junho, foi criada a Academia Internacional de Luta contra o Terrorismo na Costa do Marfim visando o combate a uma possível crise de segurança.

Esse ambiente estável permitiu que MSF implementasse dois novos projetos: o primeiro em Bouaké, dedicado à saúde mental e à epilepsia, e o segundo em Agboville, onde estruturamos um serviço de telemedicina para melhorar o acesso a cuidados. O projeto de telemedicina está sendo conduzido em estreita colaboração com as comunidades vizinhas, organizações humanitárias locais e o governo da Costa do Marfim.

Continuamos nossas intervenções de emergência, principalmente em resposta à malária, a inundações e à violência comunal entre as comunidades da Costa do Marfim e da Nigéria. Nossas atividades incluíram a distribuição de itens de primeira necessidade, como utensílios de cozinha e kits de higiene, treinamento do pessoal e doações de equipamentos e medicamentos para apoiar hospitais em Abengourou e Bongouanou.

Também apoiamos a resposta nacional à terceira onda de COVID-19, por meio de atividades de triagem e encaminhamentos para vacinação. Por dois meses, a partir de fevereiro, realizamos triagem por telemedicina para doenças não transmissíveis, incluindo hipertensão, doenças cardíacas, diabetes e insuficiência respiratória para aqueles que quisessem conhecer o risco de contrair uma forma grave do vírus.

Finalmente, quando se suspeitou que a epidemia de Ebola havia chegado ao país em 14 de agosto, MSF ofereceu apoio nutricional e psicológico aos contatos dos pacientes, suspeitos de terem sido infectados pela doença, a pedido do Instituto Nacional de Higiene Pública e da Organização Mundial da Saúde.