No Egito, Médicos Sem Fronteiras (MSF) presta assistência médica a migrantes, solicitantes de asilo e refugiados que foram expostos à violência. Essas atividades tiveram continuidade em 2021, apesar da pandemia de COVID-19. 

 No Egito, muitos migrantes, solicitantes de asilo e refugiados estão sofrendo as consequências físicas e psicológicas da violência e exploração a que foram submetidos em seus países de origem, durante suas jornadas ou em seu destino final. 

Para responder as suas necessidades específicas, MSF administra uma clínica no bairro de Maadi, na capital, Cairo. A clínica adota uma abordagem multidisciplinar para o tratamento, oferecendo uma ampla diversidade de serviços, incluindo consultas gerais, ginecologia, fisioterapia, apoio à saúde mental e encaminhamentos a especialistas. O programa conta também com um componente social que faz a conexão entre os pacientes e as organizações parceiras para moradia, alimentação e acesso a outros serviços sociais. Nossos promotores de saúde e mediadores culturais acompanham os pacientes durante seu processo de recuperação e realizam atividades comunitárias nas comunidades de migrantes. 

Apesar de o atendimento presencial a emergências ter permanecido disponível na clínica ao longo de 2021, a pandemia de COVID-19 nos levou a adaptar algumas de nossas atividades. Por exemplo, como em 2020, disponibilizamos uma linha telefônica direta como ponto de entrada para nossos serviços e oferecemos, temporariamente, atendimento psicológico por telefone. Nossa linha direta recebeu milhares de ligações durante o ano, não apenas de pessoas em busca de atendimento médico, mas também buscando apoio social – serviços que, normalmente eram oferecidos por outros parceiros. No entanto, muitos deles haviam interrompido ou suspendido suas atividades devido à pandemia. 

A pandemia também resultou em maior isolamento, dificuldades econômicas e sofrimento mental para alguns dos pacientes atendidos por nossas equipes, e observamos um aumento acentuado no número de pessoas que procuram cuidados. Apesar desses desafios, pudemos responder à maioria de suas necessidades médicas. 

Continuamos a colaborar com diversos atores para identificar formas de chegar a mais sobreviventes da violência, incluindo egípcios que, atualmente, não têm acesso ao tipo de serviço que MSF oferece.