Foto: Nicolas Guyonnet/MSF

Médicos Sem Fronteiras (MSF) continuou expandindo suas atividades na França para assistir os grupos mais vulneráveis, incluindo pessoas em situação de rua, refugiados e migrantes, dedicando esforços particularmente a menores desacompanhados. 

Para essas pessoas marginalizadas e grupos vulneráveis, vivendo em condições extremamente precárias, a COVID-19 representou um risco ainda maior, já que o acesso a cuidados de saúde e vacinas é mais restrito. Em resposta a essa situação, e a pedido das autoridades de saúde, MSF lançou uma campanha de vacinação para pessoas em situação de rua em junho. Após realizarmos atividades de sensibilização, enviamos equipes móveis a centros de acolhimento diurno, abrigos e pontos de distribuição de alimentos em Paris e na região de Île-de-France para administrar as vacinas. Também realizamos ações de sensibilização para chamar a atenção do Ministério da Saúde para a situação desses grupos vulneráveis e garantir a continuidade do acesso a vacinação quando nossa campanha fosse concluída em setembro. 

Em março, encerramos a intervenção de emergência iniciada em novembro de 2020 nas regiões de Provence-Alpes-Côte d’Azur e Occitânia para apoiar os residentes e funcionários de asilos durante a pandemia. Nossas equipes ofereceram assessoria técnica, apoio psicológico e equipamento e atendimento médico a 47 instalações de saúde. 

MSF também iniciou a criação de uma comissão parlamentar de inquérito sobre migração, que resultou num relatório e numa conferência na Assembleia Nacional em dezembro. Essa conferência nos permitiu apresentar aos deputados nossas recomendações com relação à política migratória nas fronteiras internas, ao desrespeito aos direitos fundamentais, à falta de proteção às crianças e às condições precárias dos acampamentos. 

Além disso, redigimos e divulgamos dois relatórios denunciando os efeitos das políticas governamentais na saúde mental de menores desacompanhados; um sobre o impacto dos confinamentos sucessivos e o outro sobre as consequências da política francesa de não alojamento. 

Para melhorar os cuidados voltados aos menores desacompanhados, abrimos um segundo alojamento em Île-de-France. Também ampliamos nosso projeto em Marselha, abrindo um abrigo de 20 leitos e administrando uma série de serviços em colaboração com outras organizações. 

Dados referentes a 2021

1.970

Atendimentos individuais de saúde mental

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