Cuidados psicosociais para vitimas de violência sexual na Guatemala
Foto: Natacha Buhler/MSF

Médicos Sem Fronteiras (MSF) inaugurou um projeto para responder aos altos índices de doença renal crônica na Guatemala. Também passamos a prestar assistência às pessoas em trânsito. 

Depois de um atraso no lançamento de nosso Projeto Mesoamericano de Nefropatia voltado para doenças renais, devido à pandemia de COVID-19, finalmente demos início às atividades em 2021. Nossa equipe trabalha em três municípios do departamento de Esquintla (La Democracia, La Gomera e Sipocate), uma área praticamente inteiramente dedicada à agricultura em larga escala. As principais atividades do projeto são detecção precoce, atendimento ao paciente e promoção de saúde, bem como uma estratégia de lobby para melhorar o diagnóstico e o atendimento, na medida em que acumulamos dados e experiência de campo. 

Começamos a triagem comunitária e a divulgação de mensagens de promoção da saúde em agosto e, até o final do ano, havíamos testado quase 600 pessoas. Um componente-chave do projeto é trabalhar com a comunidade, já que a região conta com estruturas e líderes comunitários bem estabelecidos, que exercem influência significativa. Nossa equipe também está considerando diferentes tópicos de pesquisa operacional que possam apoiar nossa estratégia de lobby no que tange à melhoria da detecção e do tratamento de problemas renais crônicos no país. 

Em outubro, iniciamos outro novo projeto com sede em Quetzaltenango, a segunda maior cidade da Guatemala, dedicado à assistência a migrantes. Enviamos duas equipes móveis, compostas por um médico, um psicólogo, um assistente social, um promotor de saúde, um gerente de equipe e um motorista, para diferentes localidades nos departamentos de San Marcos e Huehuetenango, onde ofereceram uma série de serviços para atender às necessidades das pessoas que viajavam para o norte, em direção ao México e aos EUA, ou retornavam para casa, como o grande número de guatemaltecos deportados. Além disso, apoiamos os centros de saúde locais que atendem as pessoas vivendo nessa área fronteiriça. Como todas as atividades de MSF na América Central, o projeto conta com um forte componente de lobby, concentrado, principalmente, nas políticas de migração repressivas dos EUA e no apelo por maior acesso a cuidados, particularmente serviços de saúde mental, e proteção contra a violência para migrantes. 

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