A sprayer is treating a house against mosquitoes during the 2019 indoor residual spraying campaign in Kinyinya health district.

No Burundi, Médicos Sem Fronteiras (MSF) apoiou na prestação de cuidados de emergência e de trauma, na medida em que continuamos a combater a malária, a cólera e doenças negligenciadas.

Em 2021, concluímos o repasse de nossas atividades no L’Arche de Kigobe, um centro privado de trauma em Bujumbura que administrávamos desde 2015, e redirecionamos nossos esforços para apoiar o Hospital Príncipe Regente Charles, uma grande unidade de saúde pública na cidade, que trata pacientes com traumas severos e moderados. Além de treinar equipes médicas, doamos suprimentos médicos, realizamos trabalhos de reabilitação e oferecemos assistência financeira.

Esse apoio se iniciou quando confrontos armados eclodiram por toda a cidade nos meses de maio, setembro e dezembro, e nosso pessoal ajudou na prestação de cuidados de emergência para atender o grande número de pacientes feridos em ataques com granadas que chegavam ao hospital.

Em novembro, quando vários casos suspeitos de cólera foram relatados na província de Cibitoke, enviamos uma equipe para apoiar o centro de tratamento de cólera local, que havíamos estruturado dois anos antes. Algumas semanas depois, um enorme incêndio destruiu grande parte da prisão central de Gitega e nossas equipes apoiaram o hospital geral de Gitega na prestação de cuidados de emergência aos sobreviventes, muitos dos quais haviam sofrido graves queimaduras.

Desde o final de 2019, temos atendido muitos pacientes com uma doença que causa úlceras nos membros inferiores na província de Muyinga. Estamos trabalhando para melhorar a detecção precoce e a oferta de cuidados em centros de saúde e em nível comunitário, ao mesmo tempo em que buscamos pesquisas médicas para entender melhor a natureza, as causas e o modo de transmissão dessa doença tropical negligenciada.

Um dos nossos principais objetivos no Burundi é combater a malária, principal causa de morte no país. Além de oferecer tratamento, colaboramos com as autoridades de saúde na implementação de medidas para reduzir a incidência da doença. Nos distritos de Kinyinya e Ryansoro, apoiamos no tratamento da malária em instalações de saúde e realizamos campanhas de pulverização domiciliar. Cerca de 100 mil domicílios foram atendidos durante essas campanhas, protegendo meio milhão de pessoas por até nove meses.

 

Dados referentes a 2021

43.000

Consultas ambulatoriais

1.100

intervenções cirúrgicas

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