Na Guiné, Médicos Sem Fronteiras (MSF) respondeu a surtos de Ebola e sarampo, bem como à pandemia de COVID-19, mantendo a prestação de serviços essenciais para HIV/Aids, malária, desnutrição e infecções respiratórias. 

Em meados de fevereiro, foram relatados casos de Ebola em Gouécké, na província sudoeste de Nzérékoré. Embora as autoridades de saúde tenham lançado rapidamente uma campanha de vacinação, MSF identificou lacunas na resposta e enviou uma equipe para apoiar no engajamento da comunidade. Realizamos atividades de sensibilização e prevenção e de orientação sobre o que fazer em caso de sintomas. Continuamos com as atividades até o final de março. O fim do surto foi declarado em junho, com um total de 16 casos confirmados e 12 vítimas fatais. 

Na capital Conacri, apoiamos cinco unidades de saúde no distrito de Matoto durante um surto de sarampo, assistindo quase 11.500 crianças em seis meses. MSF continua pedindo às autoridades que a resposta ao sarampo seja mais abrangente, envolvendo a atuação simultânea com campanhas de resposta ao surto e o reforço do programa nacional de vacinação para evitar surtos futuros. 

Na periferia de Conacri, oferecemos pessoal e treinamento médico em COVID-19 e tratamento focado em pacientes com HIV ao centro de saúde de Gbessia. Também apoiamos uma campanha de vacinação contra a COVID-19 na prefeitura de Kouroussa, administrando quase 40 mil doses nos últimos dois meses de 2021. 

Continuamos a oferecer atendimento médico e psicossocial gratuito às pessoas que vivem com HIV em Conacri, além de realizar testes e atividades de sensibilização sobre a doença. Em março, estruturamos um novo ponto de distribuição de antirretrovirais administrado pela comunidade em Gomboyah, na cidade de Coyah. 

Em Kouroussa, onde temos administrado um programa de prevenção e tratamento para malária, desnutrição e infecções respiratórias desde 2017, preparamos instalações de saúde e comunidades para nossa retirada em 2022. Por meio da Academia MSF, ampliamos a oferta de treinamento médico no hospital de Kouroussa e nos centros de saúde, apoiamos mecanismos para assegurar o financiamento futuro de agentes comunitários de saúde e iniciamos a construção de um sistema de energia solar que permitirá o funcionamento 24 horas do hospital.