Uma equipe de MSF usa burros como meio de transporte até o vilarejo de Dillo para entregar suprimentos de saúde. Sudão, abril de 2021. © Leah Cowan/MSF

A tomada militar do poder no Sudão no final de outubro de 2021 provocou grandes manifestações em todo o país. Em resposta às sangrentas repressões que se seguiram, lançamos vários programas de cuidados voltados para vítimas em massa, para apoiar hospitais.

As equipes de Médicos Sem Fronteiras (MSF) na capital, Cartum, e em Omdurman trabalharam na emergência, treinaram as equipes no planejamento do manejo de vítimas em massa e doaram suprimentos médicos. Quando os casos de COVID-19 aumentaram durante o ano, apoiamos unidades de isolamento e transferências por ambulâncias. Também realizamos atividades de promoção de saúde em comunidades ao sul de Cartum e oferecemos apoio psicossocial a profissionais de saúde.

No início de 2021, iniciamos um projeto no orfanato Mygoma, em Cartum, apoiando cuidados médicos e encaminhamentos para bebês e crianças pequenas e melhorando as medidas de higiene. Enquanto isso, continuamos administrando nosso projeto em Omdurman, oferecendo cuidados básicos de saúde e serviços de emergência a refugiados, pessoas deslocadas e comunidades locais.

Desde novembro de 2020, trabalhamos nos estados de Al-Gedaref e Kassala, assistindo refugiados etíopes e comunidades locais com cuidados básicos de saúde e maternos, vacinação, triagem para desnutrição, serviços de água e saneamento e tratamento de doenças tropicais negligenciadas nos centros de saúde e nos acampamentos.

Em Darfur, uma região remota que sofre os impactos de mais de uma década de conflito, a situação de segurança permanece frágil, com confrontos violentos recorrentes seguidos por ondas de deslocamentos. Nossas equipes estiveram presentes em quatro estados, oferecendo cuidados médicos por meio de hospitais e clínicas móveis e fixas e realizando campanhas de vacinação em massa. Os serviços incluíram assistência médica básica e de emergência e saúde sexual e reprodutiva, assim como promoção de saúde e apoio laboratorial. Também trabalhamos para melhorar o acesso à água potável e a saneamento por meio da construção e da reabilitação de latrinas.

Em junho, começamos a administrar uma ala de nutrição para crianças com desnutrição moderada a grave no hospital-escola de Ad-Damazine, na região do Nilo Azul. Nossas equipes também apoiaram o hospital com atividades de promoção de saúde, prevenção e controle de infecções e treinamento de pessoal.

Em dezembro, repassamos nosso projeto no Nilo Branco ao Ministério da Saúde. Durante sete anos, oferecemos assistência médica a refugiados e comunidades locais.

Dados referentes a 2021

647.300

Consultas ambulatoriais

3.320

Partos assistidos

2.110

Crianças admitidas em programas de nutrição intensiva

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